24.10.06

“A vida diária de uma pessoa jamais pôde ser separada de sua vida espiritual.”
-Gandhi_
Vivemos numa sociedade cristã, que de uma ou outra forma crê na espiritualidade; na existência de energias espirituais que influenciam nossa vida diária.
Penso que a educação para atender seu real significado que é “estimular, desenvolver e orientar as aptidões do indivíduo... aperfeiçoar e desenvolver as faculdades físicas, intelectuais e morais de”; não deveria abrir mão do aspecto espiritual da vida do educando.
Sendo cristãos não podemos renegar o pensamento educacional de Jesus, mas Jesus o homem, o educador que apresentou para a humanidade uma proposta de desenvolvimento das aptidões humanas, que ocasionará o aperfeiçoamento da criatura nos aspectos físicos, intelectuais, morais e espirituais.
Todo o seu pensamento é um convite à aquisição de novos hábitos que produzirão em nós profunda transformação. Não o Cristo das teologias religiosas, mas Jesus o educador que junto do educando por acreditar em suas possibilidades, orientava, estimulava, ensinava, garantindo-lhe a possibilidade de dias melhores, de felicidade e evolução.
Nós educadores precisamos considerar que nossos corpos físicos e os de nossos educandos são veículos materiais conduzidos por almas em processo evolutivo. Cada um de nós vive em busca de aprimoramento acima de tudo espiritual, que se refletirá na sociedade humana.
A instrução gerenciada na vida escolar necessita de fundamentação espiritual para ser validada na eternidade. Gandhi está absolutamente certo ao afirmar a impossibilidade de divórcio entre vida diária e vida espiritual; e vários são os educadores que chamam nossa atenção quanto a esse aspecto, porém, suas idéias têm sido desprezadas, não compreendidas devido nossa imaturidade espiritual, que tem eleito teorias e práticas materialistas e perversas que jamais nos conduzirão à felicidade ou nos tornarão perfectíveis.
Tenhamos a coragem de permitir que aflore em nós o amor, a sensibilidade, a ternura, para ouvirmos os apelos infantis e juvenis por uma educação mais humana, afetuosa, moralizadora, preparando o educando para uma vida ética e moral que gerará tempos de profundas reformas sociais ocasionadas pelas transformações espirituais estabelecidas hoje. Somos na vida social o que somos na vida espiritual.

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